15 famílias da Vila do Km 32 abastecerão as escolas públicas com produtos como farinha e jerimum
22/05/2020 14h10 - Atualizada em 25/05/2025 10h32 Por Aline Miranda
Com o apoio do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), agricultores de Maracanã, na região do Salgado, fornecerão mais de R$ 40 toneladas de alimentos para a merenda escolar do município ao longo do ano letivo de 2020.
O contrato com a Prefeitura foi assinado em fevereiro, no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A Emater, além de prestar atendimento regular na Vila do Km 32 há mais de cinco anos, ajudou a Associação dos Pequenos Produtores do Km 32 (APP) a formular a proposta e emitiu a declaração de aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - Pronaf (dap) jurídica . A previsão de faturamento para a Comunidade, situada na área vicinal da rodovia PA-127, é de mais de R$ 400 mil.
É o terceiro ano consecutivo que a Comunidade participa da merenda escolar, sempre com a intermediação da Emater. Ali, ainda, desde 2018 a Emater executa uma parceria com a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) para a instalação de duas unidades demonstrativas: de mandioca e de hortaliças.
Assim que as aulas das cerca de 50 escolas de ensino fundamental forem retomadas, já que estão suspensas por causa da pandemia do novo coronavírus, 15 famílias começarão a abastecer imediatamente o dia do dia dos alunos com produtos típicos, como farinha d’água e jerimum. Muitos dos alunos são filhos dos próprios agricultores.
Para o chefe do escritório local da Emater em Maracanã, o engenheiro de pesca Gilmar Sousa, especialista em Monitoramento e Gestão Ambiental, o mercado governamental da merenda escolar é muito oportuno, ainda mais sob a pandemia, quando os canais de comercialização estão restritos e a população intensifica a busca por alimentos saudáveis: “É vantagem não só para os agricultores, mas também para o município: movimenta a economia, garante venda a preço justo em uma época na qual desconhecemos o futuro socioeconômico e consagra a regionalidade paras as novas gerações”, arremata.