Emater, Prefeitura, Sindicatos e outros juntam-se em ações como capacitações, crédito rural e difusão tecnológica
08/07/2020 17h47 - Atualizada em 30/04/2025 02h02 Por Aline Miranda
A partir de um pacote de incentivos multi-institucional, a produtividade do plantio de mandioca em Inhangapi, no nordeste do estado, pode aumentar cerca de 25% nos próximos anos.
A estimativa é baseada na parceria entre o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) e Prefeitura, no âmbito do Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), com o apoio de diversas instituições, como a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), e de entidades civis, como os Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) e Produtores Rurais (SPR).
Iniciativas como tratos culturais adequados, crédito rural, Dias de Campo e capacitação contínua vez mais vêm estabelecendo a cadeia produtiva da mandioca como uma das principais fontes de alimentação e renda do município.
Um projeto específico da Emater, Conselho Municipal, Semagri e Sindicatos já vem preparando 227 hectares para 250 famílias aplicarem tecnologias, com acompanhamento rigoroso.
Cenário
Atualmente, a Emater atende 800 famílias mandiocultoras, que produzem sobre cerca de 1 mil e 600 hectares - desses, 40% já mecanizados. A produtividade por hectare gira em torno de 15 toneladas por ano. A produção total é de 12 mil toneladas por ano. Além da mandioca em si, derivam-se farinha d’água, farinha de tapioca, goma de tapioca e tucupi’.
“A mandioca é fundamental na economia, na cultura, na sociedade de Inhangapi. É uma mola propulsora. É alimento na mesa, é geração de renda, é desenvolvimento sustentável para o município e para a região”, sintetiza o chefe do escritório local da Emater em Inhangapi, o técnico em agropecuária Luiz Augusto Góes.
Por meio de projetos elaborados pela Emater, muitos dos agricultores já são financiados pelo Banco da Amazônia (Basa) dentro das linhas B e Mais Alimentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e Amazônia Florescer, sob contratos individuais que variam de R$ 1 mil a R$ 20 mil.