Município do Baixo Amazonas completou 143 anos de fundação em 15 de março e recebeu um plantio coletivo com pés de ipê e oiti
22/03/2023 15h31 - Atualizada em 19/06/2025 00h13 Por
Monte Alegre, no Baixo Amazonas, acaba de ganhar de aniversário mais 100 futuras árvores. A data sobre os 143 anos do município, no último dia 15 de março, foi devidamente comemorada durante a semana por meio de uma ação de plantio coletivo em bairros periféricos de mudas de ipê (amarelo, branco e roxo) mini-ipê, oiti, palmeira e pau-preto. O mutirão foi organizado pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) e pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), com o apoio da Polícia Militar(PM) e da Igreja Católica, entre entidades diversas. O material foi obtido no viveiro municipal Yasuo Kishi e também por doação de servidores da Emater e de particulares.
“Este é um trabalho de muitas cabeças e de muitas mãos, uma ideia inclusiva e de bem-estar social. Quando as políticas públicas se concretizam, também representam um chamamento para a sociedade civil, por isso pedimos que os moradores, a população, adotem essas plantas”, considera o chefe do escritório local da Emater em Monte Alegre, o técnico em agropecuária Egnaldo Garcia.
Parceria
Desde 2021, o planejamento e a execução do projeto Monte Alegre Mais Verde, da Emater, têm se integrado ao projeto Arboriza Monte Alegre, da Prefeitura, com o objetivo geral de reincorporar plantas frutíferas e ornamentais às ruas e praças da zona urbana e periurbana. Com a previsão contínua de mais árvores estrategicamente distribuídas pela paisagem urbana, espera-se embelezar os caminhos dos cidadãos, aumentar o conforto térmico e conscientizar no sentido ambiental.
Apenas este ano, já foram plantadas cerca de 200 mudas. A previsão até o fim do semestre é de mais 500, no contexto de outras datas festivas, como o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de maio.
De acordo com o representante da Emater, para o plantio de mudas é necessária a antecipação de vários dias e até meses: “Os locais são escolhidos a partir de estudo, para não prejudicar calçadas e fiação elétrica, por exemplo, e as espécies são sempre selecionadas de acordo com a flora nativa e com a viabilidade do desenvolvimento botânico. As equipes precisam antes cavar as ‘covas’ [os buracos de plantio], preparar solo, é um grande envolvimento”, diz.
Cidadania
Todo dia, Adnelma Garcia, de 59 anos, passa pela Praça Santa Isabel de Hungria, no bairro Planalto, para chegar ao trabalho que exerce como vice-coordenadora da Paróquia de Santa Isabel.
A Praça, ao lado da Igreja, foi um dos locais que receberam mudas dessa vez. A monte-alegrense (ou “pinta-cuia”, conforme uma autodenominação tradicional), nascida e criada no município, acredita que a iniciativa favoreça uma série de repercussões: “Fora as árvores em si, nós podermos desfrutar mais natureza perto, mais sombra, mais frutas, é um meio de conscientizar sobre vandalismo e de revitalizar o uso sustentável e útil do espaço de lazer, de confraternização, de passeio”, enumera.
Texto de Aline Miranda / Ascom Emater