Com projetos da Emater, 2024 será de crédito rural para assentados do Marajó

Escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) atua para facilitar acesso ao Pronaf com liberação pelo Basa

29/12/2023 14h56 - Atualizada em 15/06/2025 10h59
Por Aline Miranda

Foto: Agência Pará.

Neste réveillon, a lista de resoluções para o ano que vem na vida de 42 assentados da reforma agrária em Breves, no Marajó, incluirá uma informação especial: financiamento para melhorar a cadeia produtiva do  açaí, principal fonte de trabalho e renda na Ilha Miriatipina. 


Os projetos de crédito rural em elaboração pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) dizem respeito à linha A do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com liberação pelo Banco da Amazônia (Basa). 


A estimativa é que, já em janeiro, as famílias recebam um total de mais de R$ 1 milhão e meio, a fim de manejo dos açaizais nativos em área de floresta ou em área de várzea. 


“Esperança’ é a palavra. Estamos renovando o ciclo de 2023 a 2024 com o povo muito esperançoso diante da possibilidade de recursos que servirão para impulsionar o açaí”, anima-se o agricultor Valdeliro Miranda, mais conhecido como “Vavá”.


Etapas

Até o ponto de dinheiro na mão, os agricultores familiares em assentamentos federais protagonizam um processo coordenado pela Emater no sentido de conscientização, mobilização e abraçamento de políticas públicas, por meio de reuniões, visitas às propriedades e parcerias com os movimentos sociais. 


“A abordagem realiza-se de duas maneiras: os próprios assentados procuram a Emater ou a Emater antecipa-se e observa a importância de levar informações, esclarecer como eles podem ter acesso ao crédito, a vantagem de ser financiado etc.”, explica o chefe do escritório local da Emater em Breves, Marinaldo Gemaque, engenheiro agrônomo. 


A partir  da identificação das famílias interessadas, completa o gestor, são emitidas documentações específicas, como o cadastro nacional da agricultura familiar (caf) e o cadastro de cada unidade de produção familiar agrária (ufpa). O momento de dossiê, da esfera administrativa, é seguido por acompanhamento da implantação das tecnologias e por capacitações. 


“É a parte prática, no contexto de desenvolvimento sustentável. Os extrativistas são treinados para incorporar inovações tecnológicas, para introduzir novos métodos e dispositivo, tudo o que, pela ciência e pela intersecção com o conhecimento tradicional, possa aumentar produtividade, diminuir carga braçal e preservar os recursos naturais”, completa. 


Texto de Aline Miranda