Depois de quase uma década, assentados de Curuá voltam a receber crédito

Agricultores dos assentamentos Madalena e Vila do Salgado terão acesso ao Pronaf A.


Foto: Agência Pará

23/06/2020 14h57 - Atualizada em 26/05/2025 03h29
Por Aline Miranda

Depois de uma lacuna de nove anos, assentados da reforma agrária de Curuá, no oeste do estado, voltarão a receber crédito rural por meio da parceria entre o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). 

Nos dias 8, 9 e 10 de julho, sob todas as medidas preventivas em relação à covid-19, como uso de máscaras e distanciamento social, técnicos da Emater se reunirão estrategicamente com as lideranças dos assentamentos Madalena e Vale do Salgado, para traçar logística de atendimento e levantar dados preliminares. 

“Dividimos os assentamentos em partes, três ou mais, para que, nesses encontros com as comunidades, não haja aglomeração de jeito algum”, explica o chefe do escritório local da Emater, o técnico em agropecuária Derlan Lira. 

A expectativa é que pelo menos 800 famílias, relacionadas oficialmente como “beneficiárias” pelo Incra, tenham a chance de acesso à linha A do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), no valor fixo de R$ 26 mil e 500 (sendo R$ 1 mil e 500 para custos de assistência técnica), com possibilidade de um incremento de mais R$ 5 mil, pelo Banco da Amazônia (Basa). As principais atividades na região são bovinocultura de corte, fruticultura (laranja e melancia), pesca artesanal no Lago Curuá e plantio de mandioca e milho. 

Na primeira etapa, Emater fornecerá informações para o Incra emitir as declarações de aptidão ao Pronaf (daps). Ao que se seguirão a identificação e o cadastro dos projetos no Basa. Os recursos devem começar a ser liberados a partir de agosto.