Em Balcão Cidadania em Altamira, Emater entrega "cadastros nacionais" para pescadores

evento é parceria com Colônia Z-57 e Seju

18/02/2025 13h41 - Atualizada em 12/06/2025 17h05
Por Aline Miranda

Nestas terça (18) e quarta-feira (19), o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Altamira, na Transamazônica, está emitindo cadastros nacionais da agricultura familiar (cafs) para pescadores artesanais, dentro da programação do Balcão Cidadania. 

Realizado na sede da Colônia Z-57, no bairro Centro, o evento é uma parceria daquela organização social com Emater e Secretaria de Estado de Justiça (Seju). Ofertas tais quais agendamento de registro geral (rg) e encaminhamento para segunda via de certidão de nascimento também se encontram disponíveis, pela Seju. 

A meta da Emater é de pelo menos 120 cafs, em dois dias de serviço intensivo. Com o documentos, entre o acesso a outras políticas públicas, os pescadores poderão acionar, de forma preliminar e imediata, crédito rural da linha B do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf), sob projetos da Associação de Apoio à Economia Popular da Amazônia (AmazonCred) ante o Banco da Amazônia (Basa). A previsão é de contratos individuais de R$ 5 mil, para compra de apetrechos. 

Pescadores

As famílias beneficiárias vivem às margens do rio Iriri e Xingu. Algumas pertencem à reserva extrativista (resex) Riozinho do Anfrísio. Além de pesca artesanal, existe tradição de plantio de mandioca e extrativismo de açaí, castanha-do-pará e borracha. 

Para o chefe do escritório local da Emater, o técnico em agropecuária Josué Cavalcante, o Balcão Cidadania é um reforço de uma atuação regular da Emater: “Pescadores são uma clientela muito especial para a Emater: a atividade é importante no cenário socioconômico e de segurança alimentar. Atendemos pescadores no nosso dia a dia, e agora, neste momento, celebramos o pioneirismo do Balcão Cidadania, que acelera, facilita e concentra”, diz.

A pescadora Elaine Nascimento, de 27 anos, da comunidade São Francisco, declara-se animada: “O caf abre portas para os nossos direitos. Eu me sinto sendo reconhecida”, aponta. Ela pesca espécies como pescada e tucunaré, na linha, na profundidade do rio Iriri.