Ação na comunidade Castanheiro do Tatuaia, atendeu produtores das comunidades São Francisco do Muraiteua, Recreio do Tatuaia, entre outras
25/05/2023 09h12 - Atualizada em 23/04/2024 04h02 Por
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Raimundo Nonato dos Santos Abreu Filho é produtor de mandioca, açaí e castanha-do-pará. Casado e pai de 4 quatros filhos, o agricultor de 46 anos sempre morou na Comunidade São Francisco do Muraiteua, zona rural de São Miguel do Guamá, nordeste paraense. Ele é um dos 40 beneficiados da ação realizada pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) no município, que emitiu 37 documentos do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e três do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), no último fim de semana.
"Eu já participei de algumas reuniões com os técnicos da Emater e lá fui orientado a tirar o meu CAR. Eu estou feliz por ter conseguido nesta ação emitir meu documento, pois eu sei que agora terei acesso a vários benefícios", contou o agricultor.
A ação da Emater foi realizada na comunidade Castanheiro do Tatuaia, distante 78 quilômetros da capital e atendeu os produtores da localidade e das comunidades São Francisco do Muraiteua, Recreio do Tatuaia, Tabatinga e a comunidade quilombola Santa Maria do Muraiteua.
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O documento é um registro público obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.
"O CAR e o CAF são documentos fundamentais para que os agricultores familiares tenham acesso a políticas públicas", explicou o chefe do escritório local de São Miguel do Guamá, Odiwaldo Portela da Silva.
"As políticas públicas que os agricultores de São Miguel do Guamá mais têm acesso são o Crédito Rural e os programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e de Alimentação Escolar (Pnae). Alguns agricultores já entregam produtos para a merenda escolar como farinha, macaxeira, goma e frutas, tudo com o apoio da Emater", pontuou.
"Esses documentos são muito importantes para eles, por isso nós enfrentamos a distância para estar com esses agricultores levando conhecimento e oportunidades", reforçou o Técnico em Agropecuária.
A equipe do Esloc de São Miguel ainda levou orientações gerais aos agricultores familiares e sorteou brindes aos produtores.
Nas comunidades atendidas na ação estão entre as culturas de subsistência, o extrativismo da castanha do pará, o açaí nativo e a mandioca. Em todas essas culturas a Emater leva orientações aos agricultores.
"Para a produção do açaí levamos a elaboração de projetos de manejo de açaizal nativo, já para a mandioca levamos a elaboração de custeio do alimento", contou. Por ano a Emater realiza cerca de 800 atendimentos aos agricultores familiares de São Miguel do Guamá.
Texto de Sarah Mendes / Ascom Emater