Agricultoras participam do Programa Fomento Rural
07/11/2024 12h06 - Atualizada em 14/06/2025 22h55 Por Aline Miranda
Mãe, esposa e agricultora, Antônia Adriana Oliveira, de 41 anos, também é dona do próprio negócio: criação de galinha-caipira, com venda de ovos e de carne.
A moradora do Distrito Camburão, no km 40 da rodovia PA-254, em Alenquer, no Baixo Amazonas, é uma das 13 mulheres incluídas pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) no Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais (Fomento Rural) em 2024. O Fomento Rural é uma parceria entre o Governo do Pará e o governo federal de combate à fome e à pobreza no campo. Uma das metas é a valorização da questão do gênero.
No total da Comunidade, onde o processo da política pública é apoiado pela Associação dos Agricultores da Vila Camburão (AAVC), são 14 famílias selecionadas a partir do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), por ora dependentes de bolsa-família, que entre o fim de outubro e o começo de novembro receberam a primeira parcela do incentivo, no valor de R$ 2 mil e 600. O dinheiro é depositado diretamente na conta do benefício, pelo sistema da Caixa Econômica Federal (Cef), e a aplicação visa a estruturar empreendimentos de avicultura, plantio de mandioca e produção de farinha.
Para Oliveira, nos últimos dias já foram possíveis a aquisição de 40 pintos da linhagem “caipirão” e o início da reforma da “pinteira” e do galinheiro, depois de cinco meses de interrupção da atividade, por falta de insumos. “Eu tinha vendido tudo e me encontrava sem condições de recomeçar, porque existem gastos com milho, ração”, explica.
Segundo ela, o acompanhamento da Emater transformou a realidade da propriedade, onde vive com marido, Roberto, de 47 anos, e os dois filhos do casal: Manuel, de 22 anos, e Alexandre, de 10 anos: “Eu digo que nos ajudou muito, tem nos ajudado muito. ‘Importante’ é palavra pouca pro apoio que significa”, completa.
De acordo com um dos responsáveis pela atuação da Emater, o técnico em agropecuária Waldomiro Yared, o trabalho de equipe intenta fortalecer subsistência e ampliar para comercialização do excedente, na perspectiva da autonomia das mulheres rurais: “O recurso não chega avulso: ele é direcionado com acompanhamento técnico, social, mercadológico, com estudo de viabilidade, segurança alimentar e nutricional, além de, sobretudo, reconhecimento do papel feminino na história, no sustento, na tradição, na mão-de-obra e no comando das decisões”, diz.