Emater projeta aumento de 30% no número de agricultores atendidos em Paragominas

Empresa de Assistência Técnica faz o comparativo com o ano passado referindo-se às cadeias produtivas de mandioca, hortaliças, entre outras

26/04/2023 13h57 - Atualizada em 17/06/2025 22h03
Por

Equipe da Emater em reunião de trabalho com produtores rurais em Paragominas, sudeste estadual

Equipe da Emater em reunião de trabalho com produtores rurais em Paragominas, sudeste estadual

Foto: Divulgação

O escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) em Paragominas, na região Rio Capim, projeta para este ano um aumento de 30% na quantidade de famílias rurais atendidas pelo órgão em todo o município, em relação ao alcance de 2022.

A meta de, pelo menos, 420 famílias assistidas de forma direta e com regularidade consta no Plano de Assistência Técnica e Extensão Rural (Proater) 2023 e direciona-se às cadeias produtivas de hortaliças, mandioca, pecuária mista e pimenta-do-reino. Atreladamente, estima-se um montante de crédito rural de mais de R$ 2 milhões, o qual representa um aumento de cerca de 10%, no comparativo ao mesmo período.  

De acordo com o chefe do escritório local da Emater em Paragominas, o veterinário Sidney Ivan de Aguiar, especialista em Bovinocultura Leiteira, a expansão dos serviços da Emater corresponde sobretudo a melhorias em infraestrutura e ao fortalecimento de parcerias institucionais: “É a resposta imediata e progressiva à nossa capacidade operacional”, diz. 

Um dos destaques é um termo de cooperação técnica com a empresa Tropoc, de incentivo à pipecultura sustentável. “O objetivo sempre é evoluir, claro. Mas é bom reforçar que nossas estratégias de evolução equivalem com retidão aos nossos micro, médios e macros projetos e refletem a importância que a Emater impacta na vida de cada agricultor, de cada comunidade e na coletividade do município”, explica. 

Agricultores familiares em Paragominas, responsáveis pela produção de mandioca e hortaliças, entre outras culturas Agricultores familiares em Paragominas, responsáveis pela produção de mandioca e hortaliças, entre outras culturasFoto: DivulgaçãoDe uma ponta a outra

Como representante do contingente de história sólida de atendimento, o pecuarista José Oliveira, de 59 anos, mais conhecido como “Zequinha ”, define a Emater como “uma grande companheira”. A parceria data de mais de duas décadas dentro do Sítio Oliveira, na Vila Caip. 

A vivência de Zequinha cobre várias fases de criação de gado: nos 25 hectares da sua propriedade, ele planta feijão-da-colônia e milho para compor forragem a 70 animais das raças nelore e mista, ordenha leite para consumo de subsistência e termina comercializando a carne no próprio açougue, o Açougue do Zequinha. Diversifica a área, ainda, com galinha-caipira. 

Na atualidade, o produtor mantém dois créditos da linha Mais Alimentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), intermediados pela Emater - um com o Banco da Amazônia (Basa) e outro com o Sistema de Crédito Cooperativo (Sicred). Juntos, os contratos somam R$ 215 mil, dinheiro usado na aquisição de matrizes e reprodutores e no custeio da atividade, a exemplo de reforma de cerca e limpeza de pasto. 

“Para minha família, pros meus amigos, pra quem quer trabalhar, a Emater é 100%, um imenso apoio, nós aqui caminhamos de mãos dadas, nós nos damos muitíssimo bem - eu, agricultor, e Emater, política pública”, comemora. Dois dos três filhos - Magno, 34, e Vagno, 31 - também são agricultores. A filha, Andreza, 19, é microempresária. 

“Os três filhos criei aqui, na roça, com o açougue, com muito trabalho, e o suporte da Emater acompanhando”, conta, emocionado.  

Texto de Aline Miranda