22/02/2022 14h07 - Atualizada em 29/04/2025 23h11 Por
Por meio de projetos elaborados pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Pará) e parceria formalizada com a Caixa Econômica Federal (CEF), pescadores artesanais de todas as 12 mesorregiões devem receber, em 2022, um volume inédito de crédito rural.
Com a recém-lançada linha Pescador, do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), uma demanda de pelo menos 300 famílias de vilas e colônias do Distrito de Mosqueiro, em Belém, e de Almeirim, no Baixo Amazonas, devem ser beneficiadas imediatamente com créditos individuais entre R$ 200 mil e R$ 250 mil, para custeio e investimento.
"É um momento revolucionário para um estado como o Pará, onde este rio é minha rua e onde o encontro das águas é sempre um espetáculo. Até então, o crédito disponível para a pesca artesanal via Pronaf não ultrapassava R$ 3 mil. O pescador, a pescadora, se sentiam desmotivados e a cadeia produtiva se engessava", pontua o responsável geral por Crédito Rural da Emater, Thiago Leão.
Nesta quarta-feira (23), uma reunião por videoconferência entre Caixa Econômica e Emater alinhará procedimentos e aproximará as realidades de campo.
Já e Logo
Em Almeirim, cerca de 150 pescadores ligados a uma colônia e dois sindicatos estão sendo mobilizados para a iniciativa.
São ribeirinhos do rio Paru, afluente do Rio Amazonas, e do próprio rio Amazonas, com experiência na pesca de dourada, filhote e piaba.
"É uma socioeconomia tão importante que o peixe daqui abastece o Ver-o-Peso, porém faltam recursos para conservação e beneficiamento, como fábrica de gelo e filetamento. Além disso, o incentivo melhora demais a dinâmica, com a compra de apetrechos, tornando a pesca mais sustentável e segura, inclusive para o ecossistema", explica o chefe do escritório local da Emater, Elinaldo Silva.
Texto: Aline Miranda
Foto: Veloso Jr.