Eventos comemoram, também, a importância do Dia do Agricultor, 25 de julho
25/07/2024 10h42 - Atualizada em 14/06/2025 04h50 Por Aline Miranda
Nesta quinta (25), duas feiras de agricultura familiar na capital Belém promovidas com o apoio do escritório regional das Ilhas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) oferecem ao público urbano a experiência de produtos que contam o sabor, a paisagem e a história dos 144 municípios paraenses. A data de 25 de julho festeja nacionalmente, ainda, o Dia do Agricultor Familiar.
De 8h ao meio-dia, na sede do Tribunal de Contas do Estado (TCE), no bairro de Nazaré, e de 9h às 14h, na sede do Ministério Público Federal (MPF), no bairro do Umarizal, um total de 29 famílias campesinas está expondo e comercializando biojoias, flores, mel, queijo e ovos-caipiras, entre outros gêneros da cultura amazônica.
Além de os preços praticados figurarem abaixo do mercado convencional, a oportunidade para servidores de cada Órgão e para a sociedade em geral é de imersão em uma trajetória contínua da Emater de difusão tecnológica, valorização das tradições e execução de políticas públicas.
De Ponta a Ponta
Consumidora contumaz de frutas, verduras orgânicas, peixes e galinha-caipira, a servidora do TCE Meirian Paes aproveita as feiras institucionais para uma alimentação de qualidade para si e para a mãe idosa, de 98 anos: “Eu acho a iniciativa maravilhosa. Primeiro que traz produtos ecológicos pra gente, e isso é importante, ainda mais quando estamos perto da Cop-30 [Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas], falando sobre a questão da sustentabilidade. Eu acredito em todas estas ações que o Tribunal desenvolve no sentido de melhoria do mundo, porque atos assim transformam o mundo. A gente tem que multiplicar e concretizar ideias”, conta.
Também artesã nas horas vagas, Paes admira a atividade e gosta de comprar peças exclusivas, como agendas feitas a mão e porta-controle-remoto. “São artes onde a pessoa coloca um pouco do seu amor, da sua criatividade. É um tempero diário de amor, então precisamos incentivar. Eu faço artesanato não pra vender, pra dar de presente, e sei que coloco sempre meu amor em cada realização”, relata, com emoção.
Do outro lado do estande, a quilombola Raimunda Cléia do Carmo, do território Boa Vista do Itá, em Santa Izabel, na Região Metropolitana de Belém (RMB), trabalha com fruticultura e vende em feiras da Emater há uma década.
“Aqui nós vendemos muito. A feira no TCE é a nossa melhor feira, nossa melhor referência. Nossos produtos são muito bem aceitos. Nós vendemos tudo o que trazemos”, calcula.
Padronização
De acordo com a coordenadora técnica da Emater, Karine Sarraf, a Empresa está em processo de reformulação das feiras com a marca da Emater, em todo o Pará. A proposta técnica deve ser efetivada até o fim do ano: “O momento é de aprovação de um modelo único, que se aplique e incorpore com eficácia agricultores familiares de todos os municípios, a partir de identidade visual, contemplação de gêneros e etnias, universalidade de acesso e oferta de produtos e serviços com vínculo máximo ao costume e imagem da Amazônia”, especifica.