Produtos da agricultura familiar fazem parte da festividade de São João em Cametá

26/06/2022 19h49 - Atualizada em 19/06/2025 12h19
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O mandiocultor Nivaldo Gonçalves dos Santos, 57 anos, morador  da comunidade de São Francisco do Cupijó, distante 27 km da sede do município de Cametá, na Região do Baixo Tocantins, comercializou, na feira municipal, os derivados da mandioca que fazem parte da tradição gastronômica da  festividade de São João, padroeiro local, celebrado nesta sexta-feira (24), como farinha de tapioca, tucupi, beju e o pó do curueira, que serve pra fazer mingau, caribé e bolo. Nivaldo é dos 600 agricultores familiares atendidos pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater-Pa) e um dos 50 mil produtores de mandioca assistidos no estado.  

Bolo de milho e de macaxeira, cuscuz, pé-de-moleque, tacacá e outras tantas delícias, que fazem parte da diversidade da gastronomia das festas juninas.

Os petiscos tradicionais das festas juninas fazem a alegria de muita gente no arraial cametaense,  E as músicas, do forró, ao carimbo e às batidas do boi-bumbá não negam o mix cultural presente nos ritos, mitos e tradições do norte brasileiro.


Morador da comunidade Inacha, distante 17km da sede do município de Cametá, Irineu da Cruz, 56 anos, comunidade Inacha, vende na feira municipal  frutas e hortaliças entre as quais centro, alface, e jambu que logo fez sucesso por fazer parte das iguarias típicas da quadra junina.


"Trabalho com cacau, macaxeira e açaí também e com a Dap [Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento a Agricultura Familiar] emitida pela Emater, eu comercializo meus produtos através do Programa Alimenta Brasil", disse o produtor que é atendido pelo órgão estadual há cerca de 10 anos.

Em Cametá, o carro-chefe da produção familiar rural é o manejo de açaizais nativos, seguido das culturas de pimenta-do-reino e da mandioca, com ênfase na produção de farinha, além do pescado e da coleta de crustáceos.

"As expectativas da Emater para o segundo semestre deste ano com relação à prestação de serviços da extensão rural são muito boas. Em especial através das parcerias com as secretarias municipais e com as associações e cooperativas, nossa perspectiva é de ampliar o número de famílias assistidas", avaliou o engenheiro de pesca Gilmar Feitosa, que chefia o escritório da Emater em Cametá.

Texo: Paula Portilhpo

Fotos: Divulgação