Transferência de tecnologia auxilia mandiocultores de Dom Eliseu a combater "Podridão de raiz"

02/02/2023 12h15 - Atualizada em 06/06/2025 21h33
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Quarenta em duas famílias das comunidades de Alto Bonito I, Alto bonito II, Vila Nazaré, e União, em Dom Eliseu, no nordeste paraense, foram contempladas com a transferência de tecnologia por meio do Dia de Campo da Mandioca realizado pelo escritório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater-PA) e Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como estratégia de enfrentamento à podridão de raiz, doença que ataca as lavouras da mandioca que é carro-chefe da produção local.  

O evento ocorreu na área coletiva da Associação de Alto Bonito I, na comunidade de mesmo nome, onde foi ministrada uma palestra sobre a cultivares BRS mari e BRS poti, criadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com melhoramento genético resistente à doença. As manivas foram adquiridas e distribuídas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap).  

De acordo com o técnico em agropecuária Raimundo Salazar, que coordena a Emater no município, com a iniciativa se espera também um aumento na produção. “Essas famílias têm como principal produto a farinha e estavam preocupadas em conter esta doença que gera muitos prejuízos. Diante disso, estamos difundindo essa tecnologia e nossa expectativa é de as famílias cultivarem cerca de 65 hectares com manivas destas variedades, com isso, possibilitando um aumento de 25% na produção de raíz em um prazo de 18 meses”.  
O Dia de Campo sobre a Mandioca em Dom Eliseu teve o apoio da Agencia de Defesa Agropecuário do Estado do Pará (Adepará). 

A podridão de raiz é uma doença causada por patógenos e que, segundo Salazar, prejudica os produtores pois ocasiona a perda de receita econômica e de autoconsumo, e ainda outros transtornos como a limitação de resíduos da mandioca para alimentação de animais. 

Após a difusão da tecnologia, a equipe local da Emater irá fazer o acompanhamento com os tratos culturais. Em Dom Eliseu, a assistência técnica alcança 475 famílias em 17 comunidades, que além da mandiocultura, também se dedicam a bovinocultura mista ( aptidão de corte e de leite), e a cadeia apícola (mel e derivados) que está em ascensão no município.


Texto: Paula Portilho

Foto: Divulgação